Metanol: Instituto de Criminalística monta força para analisar garrafas apreendidas pela polícia
Veja como é feito o trabalho do Instituto de Criminalística de SP para analisar presença de metanol em bebida alcoólica O Instituto de Criminalística (IC) ...

Veja como é feito o trabalho do Instituto de Criminalística de SP para analisar presença de metanol em bebida alcoólica O Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (3) a criação de uma força-tarefa para analisar as garrafas apreendidas durante fiscalizações para apurar a adulteração e contaminação por metanol. Mais de mil garrafas já foram recolhidas pela polícia e Vigilância Sanitária até a noite de quinta-feira (2). Deste total, cerca de 250 chegaram ao IC e estão passando por análise. ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp O diretor do Núcleo de Química do Instituto de Criminalística, Mauro Renault, explicou à GloboNews que o processo é dividido em duas etapas: Documentoscopia: as garrafas passam por uma análise inicial no setor de documentoscopia, que verifica a autenticidade do produto. Nessa etapa, peritos conferem selo, rótulo, lacre e vedação — tudo o que pode indicar adulteração ou falsificação do padrão. Essa verificação é feita tanto a olho nu quanto com o auxílio de equipamentos, como lentes especiais; Núcleo de Química: em seguida, o material segue para o Núcleo de Química. Ali, as embalagens passam por uma nova verificação e o líquido é colocado em frascos e inserido em centrífugas. Os dados extraídos são processados em programas que identificam todas as substâncias presentes, suas concentrações e se estão dentro dos limites permitidos. Segundo o IC, todas as garrafas já passaram pela análise de documentoscopia. No exame químico, a cada duas horas sai o resultado de uma amostra. Até agora, das dez garrafas analisadas, duas testaram positivo para metanol. "Os laudos são remetidos para a Polícia Civil, que segue com apurações minuciosas para esclarecer os casos de falsificação de bebidas", informou a Secretaria da Segurança Pública em nota. Fiscalização interditou bares na capital Pablo Jacob/Governo de São Paulo Situação no Brasil O Brasil registra 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol até a tarde desta quinta-feira (2), segundo informou o ministro da Saúde Alexandre Padilha durante coletiva de imprensa. Dessas 59, 11 já têm a detecção laboratorial da presença do metanol. Em relação aos estados dos registros, o ministro informou que: 53 são de São Paulo; 5 são de Pernambuco; 1 é do Distrito Federal. Mortes em São Paulo 1 morte confirmada por intoxicação por metanol após consumo de bebida adulterada (com laudo e confirmação de ingestão de bebida adulterada) — um homem de 54 anos residente na capital paulista; 5 mortes sob investigação (sem laudo e sob investigação das circunstâncias) — três na cidade de São Paulo (homens de 45, 50 e 70 anos) e duas em São Bernardo do Campo (dois homens de 49 e 58 anos). Infográfico: o impacto do metanol no corpo humano. Arte/g1